Enviado por Adelfi adelfi@terra.com.br
OS INTERESSES DOS DEFENSORES DO DESARMAMENTO
Prof. Marcos Coimbra
Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da
Academia Brasileira de Defesa e da Academia Nacional de Economia e Autor do
livro Brasil Soberano.
A tristemente famosa ONG
Viva Rio comemorou dezoito anos de vida na sede da Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no dia 07 do corrente, com a conferência
"Viva Rio 18 anos: um bom momento para pensar". Na abertura do evento, o diretor
da ONG, Rubem César Fernandes, teria ficado emocionado com a exibição de um
vídeo resumindo a atuação do movimento nos últimos anos. A primeira mesa da
conferência contou com a participação de pessoas que são consideradas fundadoras
do Viva Rio, como o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, o
vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, e o presidente do
grupo Lance, Walter Mattos Júnior, além do líder comunitário da Rocinha Carlos
Costa.
A segunda mesa, intitulada
"Drogas, por uma política mais eficaz e humana", mediada pelo jornalista Merval
Pereira, com a participação, dentre outros, do secretário de estado de Meio
Ambiente, Carlos Minc, do ex-presidente da República, FHC e do ex-ministro da
Justiça Tarso Genro. A terceira mesa foi intitulada: "Drogas: as injustiças da
lei”, com a participação do Sr. Pedro Abramovay (aquele que foi defenestrado do
ministério da Justiça, por ter ido contra orientação da presidente). De tarde,
houve ainda outra mesa sobre missões internacionais de paz e o
Haiti.
Esta ONG, tão celebrada, possui um braço, a Organização
Social Viva Comunidade, possuidora de um contrato superior a R$ 395 milhões com
a prefeitura do Rio. Em audiência pública na Câmara dos Vereadores não souberam
informar aos edis o nome de um único integrante do conselho administrativo da
OS. Cada conselheiro ganha R$ 12 mil por mês. Após muito esforço, foi informado
que o presidente é um “tal de Alfredo”.
É oportuno realçar que um feroz desarmamentista, o qual entregou em 2004
o prêmio Segurança Humana ao diretor Denis Mizne, do Instituto Sou da Paz, em um evento na
cidade do Rio, promovido pela UNESCO e pela organização não-governamental Viva
Rio, concedido a personalidades que se sobressaíram na Campanha do
Desarmamento foi preso
por vender armas para traficantes. O
ex-assessor da vereadora tucana Andrea Gouvêa Vieira, esposa do advogado Jorge
Hilário Gouvêa, irmão do presidente da Firjan, foi detido depois de ser flagrado
em vídeo numa aparente negociação de um fuzil da família AK-47, pelo qual
recebera o respectivo pagamento. Para a polícia, o vídeo torna inequívoco o
fato, tal como noticiou a imprensa em geral. Não é a primeira vez que o ex-líder
comunitário da Rocinha é preso. Em 2005 também o foi, sob a acusação de
associação ao tráfico, ocasião em que, sem estranheza nossa, recebeu apoio do
presidente da ONG Viva Rio, inclusive em defesa marcada por tom contundente,
verdadeiramente feroz.
A grande patrocinadora do movimento de desarmamento da
população civil brasileira é justamente a ONG Viva Rio, fundada em novembro de
1993, em conseqüência do seminário internacional: Cidadania participativa,
responsabilidade social e cultura num Brasil democrático, realizado no Rio de
Janeiro, nos dias 04 e 05, com o patrocínio e a participação de representantes
das Fundações Rockefeller, Brascan, Kellog,Vitae e Roberto Marinho. Ela é
filiada à IANSA-International Action Network of Small Arms (Rede de Ação
Internacional de Armas Pequenas), um conjunto de 186 ONGs, fundada em maio/99,
criada com o objetivo de atuar como uma central de coordenação da campanha
internacional de desarmamento, para permitir a implantação de um governo
mundial, que atuaria com a utilização de uma força de paz das Nações Unidas, sob
o comando dos "donos do mundo".
Dentre os participantes da Viva Rio, destacaram-se o
banqueiro David Rockefeller, o então chanceler FHC, fundador do Viva Rio que
sempre atuou em estreita coordenação com ONGs internacionais como a Human Rights
Watch e o Conselho Mundial das Igrejas (CMI). É de se notar que a Human Rights
tem entre os seus patrocinadores o megaespeculador George Soros, cujas Fundações
promovem a campanha de desarmamento e legalização do uso de entorpecentes. O CMI
também patrocina a campanha internacional de desarmamento civil.
A campanha de desarmamento civil no Brasil não é
proveniente de uma iniciativa própria, mas sim do resultado de um esforço
internacional realizado por uma rede de instituições ligadas ao "establishment"
oligárquico, em especial o seu componente anglo-americano-canadense, objetivando
implantar uma estrutura de governo mundial, acima dos Estados Nacionais, que os
"donos do mundo" pretendem ver inviabilizados no contexto da "globalização". O
desarmamento da população se segue a uma série de medidas visando o
desmantelamento das Forças Armadas e a reestruturação das forças policiais civis
e militares, elementos cruciais do plano de dominação externo. Em dezembro de
1995, durante um seminário internacional promovido no Rio de Janeiro pelo
Ministério da Justiça, o movimento Viva Rio e a Police Foundation dos EUA, o
então secretário-geral do Ministério da Justiça, Sr. José Gregori, anunciou que
o Viva Rio seria encarregado da elaboração de um projeto para orientar a nova
Política de Segurança Pública do governo federal, uma doutrina de segurança
cidadã, para ocupar o vazio que existe desde a doutrina de Segurança Nacional do
governo.
Tudo isto é apenas
“coincidência”!
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Sítio: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de
13.12.11-MM).
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