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Coronel se diz orgulhoso de ter atuado no Doi-Codi nos anos de chumbo
Pedro Moézia conta que tipo de ação exercia nas mais de 100 operações de que participou
Coronel da reserva Pedro Ivo Moézia de Lima, ex-integrante do Doi-Codi
e autor de ação para impedir a criação da Comissão da Verdade
Coronel da reserva Pedro Ivo Moézia de Lima, ex-integrante do Doi-Codi
e autor de ação para impedir a criação da Comissão da Verdade
Evandro Éboli / O Globo
BRASÍLIA - Autor da primeira ação judicial para impedir a criação da Comissão da Verdade,
o coronel reformado Pedro Ivo Moézia diz que participou com muito
orgulho do Doi-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro
de Operações de Defesa Interna), durante o regime militar. Ele admite,
sem culpa, a possibilidade de ter matado ‘alguns guerrilheiros’ em
supostas trocas de tiro. O militar dá detalhes das operações em que
atuou e nega que tenha participado de sessões de tortura.
O GLOBO: Por que a ação contra a criação da comissão?
CORONEL PEDRO IVO MOÉZIA: Sou
a primeira voz que se levanta contra esse abuso. Que verdade é essa que
vai ouvir um lado só?! Não entendo essa fúria contra nós. Quem matou
civis inocentes foram esses terroristas.
O senhor pretende depor na comissão?
MOÉZIA: Nunca
vou dizer nada. Vou usar do meu direito de ficar com a boca fechada. A
não ser que chamem todos e os obriguem a contar tudo. Como a Dilma
Rousseff, o relator da comissão e terrorista Aloysio Nunes (senador
tucano que relatou o projeto). O Tarso Genro (governador do Rio Grande
so Sul e ex-ministro da Justiça)...
O senhor falou que atuou numa centena de ações na ditadura. Como foram?MOÉZIA: Eram
estouro de aparelhos, prisão, tiroteios. Não ia para essas ações
chupando sorvete. Tínhamos medo, tensão, via gente ferida, chorando,
sofrendo do nosso lado.
O senhor acertou alguém?MOÉZIA: Participei de tiroteios. Se atirei? Sim. Acertei alguém? Sim. Morreu? É possível que sim. Mas era um confronto.
O senhor participou ou assistiu tortura no Doi-Codi?MOÉZIA:
A tortura não existiu. Existia rigores de entrevista. Rigores no
interrogatório. Nunca toquei a mão em ninguém. O Ustra (coronel Carlos
Alberto Brilhante Ustra, que comandou o Doi-Codi) também não.
Familiares de perseguidos políticos apontam o sr. como um torturador?
MOÉZIA:
Apareço em várias listas. Mas isso não é verdade. Lista qualquer um
pode fazer a que quiser. Lutei pelo meu país, pela minha pátria e cumpri
minha missão.
O que estes terroristas comunistas queriam? estavam fora da lei, eram bandidos. No confronto queriam que oferecessem flores? Eles e a família sabiam dos riscos, então não reclamam, tiveram o que mereceram. Até que tiveram pouco, deveriam ter sido todos mortos.
ResponderExcluirO coronel Moézia está de parabéns. Deveria ganhar uma medalha por ter enfrentado este bando de bandidos.