“Junta Militar” que deu golpe no DCE da USP marca eleição para fim de março; o propósito é enganar os calouros e se eleger com seus votos. Alô, calouros! Não se deixem seqüestrar!
A “Junta Militar de Extrema Esquerda” que governa o DCE decidiu realizar eleições no dias 27, 28 e 29 de março de 2012. A data expõe os caminhos imaginados pelos ditadores para tentar dar uma aparência de legitimidade ao golpe. Como todos sabem, se as eleições tivessem sido realizadas na data prevista, a chapa “Reação”, que reúne não-esquerdistas, que junta os “estudantes que estudam”, teria vencido com folga. Eles sabiam disso e deram, então, o golpe. Como informei aqui, chegaram a trocar e-mails anunciando que tudo fariam para impedir eleições livres — ou, na expressão de um dirigente da UNE e membro do Fórum de Esquerda, da Faculdade de Direito, decidiram: “A esquerda não perde nem a pau”…
Muito bem! Os “grevistas” não confessaram os reais motivos do golpe; pretextaram que seria difícil organizar eleições estando a universidade em greve — greve praticamente inexistente, como todos sabem. Ora, eles dizem que só voltam às aulas se a PM deixar o campus. Como não vai deixar, então a greve certamente se estenderá até o ano que vem. Mais: os petistas se juntaram à extrema esquerda para tentar parar a USP em 2012.
Por uma questão de lógica elementar, pergunto: por que adiar as eleições de novembro para março se, segundo os critérios dos próprios valentes, as condições seguirão as mesmas? Eis o busílis. Em março, chegam à USP 10.852 alunos aprovados no vestibular de 2011, a esmagadora maioria iniciando o seu primeiro curso.
Esses calouros não conhecem de perto o desastre provocado pela militância política dos partidos de esquerda na universidade. Ainda não sabem o que é ter a faculdade funcionando, mas não o sistema de transportes, o restaurante, a estrutura de serviços… Ainda não sabem que os “donos” do Sintusp, o sindicatos dos funcionários, pode transformar a vida deles num inferno. Mais: ainda não foram reprovados nesta ou naquela disciplinas porque o PCO, o PSTU, o PSOL, a LER-QI ou o Movimento Negação da Negação tiveram um chilique qualquer e resolveram parar a universidade para dar início à…, bem…, à revolução socialista!
Os ditadores da USP sabem que o aluno veterano já os conhece e tem consciência da quantidade de malefícios e desastres de que são capazes. Os novos, em tese ao menos, ignoram as suas falcatruas morais, políticas e existenciais. A canalha aposta, em suma, que o desconhecimento pode reconduzi-los ao poder.
Assim, meus caros, os defensores da democracia na USP, a maioria silenciosa, devem iniciar agora, por intermédio das redes sociais, um trabalho de esclarecimento. Os calouros da USP precisam saber o que significa votar numa chapa de esquerda: o contínuo rebaixamento da universidade, o grevismo, a subserviência da instituição a partidos políticos, a “luta pelo socialismo”… Essa gente considera que uma USP de mais qualidade, que forme profissionais melhores e mais capacitados, é reacionária.
PS - Chamo os interventores do DCE de “Junta Militar” em homenagem à história do Brasil, não é? Algo semelhante só se viu no Brasil da ditadura. Uma junta governou o país entre 31 de agosto e 30 de outubro de 1969. Sua primeira medida, olhem que número interessante, foi o Ato Institucional nº 13, o AI-13, que punia com o banimento os brasileiros acusados de ameaçar a segurança nacional. O DCE, comandado pelo PSOL, e os demais grupelhos da “sinistra” também querem banir da USP os que discordam de sua política.
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