domingo, 21 de outubro de 2012

E os debates no Facebook da ABED sobre a Comissão da "Verdade" continuam


  • Eliezer Rizzo 
    Abri e vou divulgar esta entrevista. Obrigado.
  • Eduardo Heleno  
    Por nada Eliezer. Vou encomendar o livro, me parece tão interessante quanto a entrevista.
  • Rui Martins da Mota
    SUUUUUUPER "INTERESSANTE"... Ainda mais considerando a atitude contumaz da referida jornalista... Nessa onda de tirar esqueletos do armário, cada vez mais vão aparecer figuras dos mais variados tipos, desde aqueles que sofreram algum prejuízo real até os mais flagrantes oportunistas, passando, inclusive, pelo séquito dos meramente exóticos...
  • Eliezer Rizzo 
    Nossa História tem de tudo, inclusive pessoas honestas que foram prejudicadas pelo regime militar em diversas instituições; outras se beneficiaram. Assim são os processos políticos. Conheci o general Pery Bevilacqua, de quem foram retiradas até as honrarias militares porque ele se opôs ao julgamento de civis pela Justiça Militar, mesmo tendo participado do golpe contra o regime constitucional. Eu o entrevistei nos anos 1970 e aprendi muito com ele. Toda revolução (de direita e de esquerda) faz vítimas inclusive entre seus principais personagens. Assim é a História.
  • Rui Martins da Mota
    Prezado Prof Eliezer Rizzo, sem dúvida, assim é a História e são os processos políticos. O Poder possibilita (não que seja justo) e emprega todos os instrumentos disponíveis para atingir seus objetivos, inclusive, o de debelar a oposição. Se hoje, com profundo amadurecimento e comprometimento democrático alcançado pelo País, vemos notórios líderes políticos se utilizando de meios ilegais e imorais para calar a oposição... Portanto, há 50 anos atrás, dentro de um quadro de guerra revolucionária e Guerra Fria, em que se vivia, não me causa estranheza da utilização destes subterfúgios. Agora, minha crítica está na avalanche de acusações superficiais e oportunistas que surgem na atualidade, todas efetivadas notoriamente para deslegitimar qualquer aspecto positivo do Regime Militar aos olhos dos incautos de hoje, que as recebem de modo crítico, tendo em vista sua lente de análise estar ajustada pelos valores do momento, sem que se faça o devido ajuste para o contexto da época. De fato, as FA não são monolíticas, mas são as mesmas no tempo e no espaço. Ou seja, posso afirmar com convicção que os militares de hoje reconhecem a necessidade de tomada de atitude no passado. Naturalmente não se orgulham das torturas ou dos outros erros e efeitos colaterais danosos que ocorreram, mas, ainda assim, reconhecem que os militares do passado agiram com o vigor necessário para que o País não fosse tomado por uma ditadura comunista ou sofresse longamente, e amargamente, com guerrilhas revolucionárias, como as ainda existentes na América do Sul, como das FARC, do ELN, do Sendero Luminoso, dos Tupamaros, dos Tupac Amarú, etc. Apesar da campanha deliberada para que nos envergonhemos e reneguemos os militares de ontem, ainda seguimos de cabeça erguida, sabendo que a instituição militar é a mesma (hoje e ontem) em valores e compromisso com a Nação. Lamento, no entanto, que haja cidadãos fardados que nos momentos de adversidade e oposição, passem a declarar aquilo que muitos gostariam de ouvir. Esta é a realidade... há pessoas assim em todos os ambientes. Naturalmente não é o caso destes dois senhores, autores do livro, uma vez que, de fato, eles não têm nenhum compromisso com a instituição militar. Sinceramente, nem os considero efetivamente militares, uma vez que seguiram uma outra profissão há tanto tempo. Abç. RMM
  • Eliezer Rizzo 
    Eu lhe respondia quando deu um problema que interrompeu minha escrita. Então, serei breve. Não temos como saber se nossa história tomaria o rumo que você desenhou; tampouco posso afirmar que (como imagino) JK seria eleito em 1965 e nosso regime democrático seguiria seu rumo. O certo é que pagamos alto preço pela falta de liberdade e por tudo que decorreu daí. Caso tivéssemos uma ditadura de esquerda, o preço teria sido alto igualmente. Agrego apenas o seguinte: os militares de hoje não são responsáveis pelo passado da sua instituição, assim como eu - professor universitário - não sou responsável por eventuais erros pretéritos da minha instituição. Gostei da nossa conversa que inclui Eduardo Heleno. Um abraço para vocês, bom domingo.
  • Rui Martins da Mota
    Prof Eliezer Rizzo, agradeço muitíssimo pela atenção em suas respostas. É possível que tenhamos chegado naquele ponto de impasse de qualquer discussão, quando a divergência de opinião emperra o avanço. De todo modo, para encerrar minha participação neste post, em particular, gostaria de dizer que concordo com o Sr. quando diz que não somos responsáveis pelos erros cometidos, no passado, por nossas instituições. Entretanto, acredito tb que, no caso específico dos militares, o comprometimento com sua instituição, inclusive sob risco de vida, é algo que difere este ofício das demais profissões. É justamente este vínculo com sua organização e com os "irmãos de armas" um dos fatores decisivos no combate e em situações de crise e, portanto, um imperativo profissional. Talvez tudo isso soe um pouco piegas, recheado de um idealismo meio "retrô" e um tanto radical, mas quem não compreende e considera esta peculiaridade, muito presente no espírito de qualquer soldado, pertencente a qualquer nação e em qualquer época, desconsidera uma componente fundamental da sociologia (ou antropologia) da carreira das armas. Abç e, novamente, obrigado pela oportunidade de resposta e externalização de meu ponto de vista. RMM
  • Rui Martins da Mota 
    P.S. - Desculpe, mas só mais uma coisa... será que uma ditadura comunista teria o mesmo preço? Eu, particularmente, acredito que não... acho que estaríamos com grau de desenvolvimento muito inferior, semelhante ao de Cuba, ao da Coréia do Norte ou ao da Alemanha Oriental (em 1989) ou ao da própria Rússia, no entanto, com um saldo de fuzilados no "paredão" bem mais alto que os desaparecidos investigados pela Comissão da Verdade. E se alguém disser que, neste caso, quantidade não importa, vai me perdoar, mas os quantitaitivos récordes (casa dos milhares na Ilha e casa dos milhões entre os asiáticos) alcançados por Fidel e Che, Mao e Stálin, certamente, contam (e muito).

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