quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Comissão da Verdade e a verdade histórica - Por Ives Granda Silva Martins

Por Ives Granda Silva Martins
Publicação original do Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO

Depois de muita expectativa - e com grande exposição na mídia -, foi constituída Comissão para "resgatar a verdade histórica" de um período de 42 anos da vida política nacional, objetivando, fundamentalmente, detectar os casos de tortura na luta pelo poder. A História é contada por historiadores, que têm postura imparcial ao examinar os fatos que a conformaram, visto serem cientistas dedicados à análise do passado. Os que ambicionam o poder fazem a História, mas, por dela participarem, não têm a imparcialidade necessária para a reproduzir.
A Comissão da Verdade não conta, em sua composição, com nenhum historiador capaz de apurar, com rigor científico, a verdade histórica da tortura no Brasil, de 1946 a 1988. O primeiro reparo, portanto, que faço à sua constituição é o de que "não historiadores" foram encarregados de contar a História daquele período. Conheço seis dos sete membros da Comissão e tenho por eles grande respeito, além de amizade com alguns. Não possuem, no entanto, a qualificação científica para o trabalho que lhes foi atribuído.
O segundo reparo é que estiveram envolvidos com os acontecimentos daquele período. Em debate com o ex-deputado Ayrton Soares, em programa de Mônica Waldvogel, perguntou-me o amigo e colega - que defendia a constituição de Comissão para essa finalidade, enquanto eu não via necessidade de sua criação - se eu participaria dela, se fosse convidado. Disse-lhe que não, pois, apesar de ser membro da Academia Paulista de História, estive envolvido nos acontecimentos. Inicialmente, dando apoio ao movimento para evitar a ameaça de ditadura e garantir as eleições de 1965, como, de resto, fizeram todos os jornais da época. No dia 2 de setembro de 1964, o jornal O Globo, em seu editorial, escrevia: "Vive a nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial à democracia, a lei, a ordem".
A partir do Ato Institucional n.º 2/65, que suprimiu as eleições daquele ano, opus-me a ele, o ponto de, em 13 de fevereiro de 1969, ter sido pedido o confisco de meus bens e a abertura de um inquérito policial militar sobre minhas atividades de advogado, por defender empresa que não agradava ao regime. O mais curioso é que continuei como advogado, tendo derrubado a prisão de seus diretores, no Supremo Tribunal Federal, em 1971, por 5 a 3, à época em que os magistrados não se curvavam ao poder da mídia ou dos detentores do poder. Embora arquivados os dois pedidos, o fato de ter sido anunciada a abertura do processo contra mim, pelos jornais, com grande sensacionalismo, tive minha advocacia abalada por alguns anos. Nem por isso pedi indenizações milionárias ao governo atual, nem pedirei. À época apoiei a Anistia Internacional, tendo entrado para seus quadros sob a presidência de Rodolfo Konder, e fui conselheiro da OAB-SP por seis anos, antes da redemocratização. À evidência, faltar-me-ia, por mais que quisesse ser imparcial, a tranquilidade necessária para examinar os fatos com isenção. Envolvidos da época não podem adotar uma postura neutra ao contar os fatos históricos de que participaram.
O terceiro reparo é que alguns de seus membros pretendem que a verdade seja seletiva. Tortura praticada por guerrilheiro não será apurada, só a que tenha sido levada a efeito por militares e agentes públicos. O que vale dizer: lança-se a imparcialidade para o espaço, dando a impressão que guerrilheiro, quando tortura, pratica um ato sagrado; já os militares, um ato demoníaco. Bem disse o vice-presidente da República, professor Michel Temer, em São Paulo, no último dia 17, que os trabalhos da Comissão devem ser abrangentes e procurar descobrir os torturadores dos dois lados.
O quarto reparo é que muitos guerrilheiros foram treinados em Cuba, pela mais sangrenta ditadura das Américas no século 20. Assassinaram-se, sem direito a defesa, nos paredões de Fidel Castro mais pessoas do que na ditadura de Pinochet, em que também houve muitas mortes sem julgamento adequado. Um bom número de guerrilheiros não queria, pois, a democracia, mas uma ditadura à moda cubana. Radicalizaram o processo de redemocratização a tal ponto que a imprensa passou a ser permanentemente censurada. Estou convencido de que esse radicalismo e os ideais da ditadura cubana que o inspiraram apenas atrasaram o processo de redemocratização e dificultaram uma solução acordada e não sangrenta.
O quinto aspecto que me parece importante destacar é que, a meu ver, a redemocratização se deveu ao trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que se tornou a voz e os pulmões da sociedade. Liderada por um brasileiro da grandeza de Raimundo Faoro, conseguiu, inclusive, em pleno período de exceção, com apoio dos próprios guerrilheiros, aprovar a Lei da Anistia (1979), permitindo, pois, que todos voltassem à atividade política. Substituindo as armas de fogo pela arma da palavra, a OAB deu início à verdadeira redemocratização do País.
Por fim, num país que deveria olhar para o futuro, em vez de remoer o passado - tese que levou guerrilheiros, advogados e o próprio governo militar a acordarem a Lei da Anistia, colocando uma pedra sobre aqueles tempos conturbados -, a Comissão é inoportuna. Parafraseando Vicente Rao, esta volta ao pretérito parece ser contra o "sistema da natureza, pois para o tempo que já se foi, fará reviver as nossas dores, sem nos restituir nossas esperanças" (O Direito e a Vida dos Direitos, Ed. Revista dos Tribunais, 2004, página 389).
Estou convencido de que tudo o que ocorreu no passado será, no futuro, contado com imparcialidade, não pela Comissão, mas por historiadores, que saberão conformar para a posteridade a verdade histórica de uma época.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Lula sugere troca de favores a um ministro do STF e revela como tem pressionado outros membros da corte. Ex-presidente degrada as instituições

26/05/2012

ESCÂNDALO, ABSURDO E DEBOCHE: Lula sugere troca de favores a um ministro do STF e revela como tem pressionado outros membros da corte. Ex-presidente degrada as instituições

Caras e caros, o que vai abaixo é muito grave. Espalhem a informação na rede, debatam, organizem-se em defesa da democracia. O que se vai ler revela uma das mais graves agressões ao estado de direito desde a redemocratização do país.
Luiz Inácio Lula da Silva perdeu completamente a noção de limite, quesito em que nunca foi muito bom. VEJA publica hoje uma reportagem estarrecedora. O ex-presidente iniciou um trabalho direto de pressão contra os ministros do Supremo para livrar a cara dos mensaleiros. Ele nomeou seis dos atuais membros da corte — outros dois foram indicados por Dilma Rousseff. Sendo quem é, parece achar que os integrantes da corte suprema do país lhe devem obediência. Àqueles que estariam fora de sua alçada, tenta constranger com expedientes ainda menos republicanos. E foi o que fez com Gilmar Mendes. A reportagem de Rodrigo Rangel e Otavio Cabral na VEJA desta semana é espantosa!
Lula, acreditem, supondo que Mendes tivesse algo a temer na CPI do Cachoeira, fez algumas insinuações e ofereceu-lhe uma espécie de “proteção” desde que o ministro se comportasse direitinho. Expôs ainda a forma como está abordando os demais ministros. Leiam trecho. Volto em seguida.
(…)
Há um mês, o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi convidado para uma conversa com Lula em Brasília. O encontro foi realizado no escritório de advocacia do ex-presidente do STF e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, amigo comum dos dois. Depois de algumas amenidades, Lula foi ao ponto que lhe interessava: “É inconveniente julgar esse processo agora”. O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1.000 prefeituras nas urnas.

Para espíritos mais sensíveis, Lula já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o adiamento de julgamento do interesse de seu partido. Mas vá lá. Até aí, estaria tudo dentro do entendimento mais amplo do que seja uma ação republicana. Mas o ex-presidente cruzaria a fina linha que divide um encontro desse tipo entre uma conversa aceitável e um evidente constrangimento. Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações. O recado foi decodificado. Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, ele seria blindado na CPI. (…) “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, disse Gilmar Mendes a VEJA. O ministro defende a realização do julgamento neste semestre para evi¬tar a prescrição dos crimes.
(…)
VolteiInterrompo para destacar uma informação importante. Na conversa, Lula insinuou que Mendes manteria relações não-repubicanas com o senador Demóstenes Torres. Quando ouviu do interlocutor um “vá em frente porque você não vai encontrar nada”, ficou surpreso. Segue a reportagem de VEJA. Retomo depois:
A certa altura da conversa com Mendes. Lula perguntou: “E a viagem a Berlim?”. Ele se referia a boatos de que o ministro e o senador Demóstenes Torres teriam viajado para a Alemanha à custa de Carlos Cachoeira e usado um avião cedido pelo contraventor. Em resposta, o ministro confirmou o encontro com o senador em Berlim, mas disse que pagou de seu bolso todas as suas despesas, tendo como comprovar a origem dos recursos. “Vou a Berlim como você vai a São Bernardo. Minha filha mora lá”, disse Gilmar, que, sentindo-se constrangido, desabafou com ex-presidente: “Vá fundo na CPI”. O ministro Gilmar relatou o encontro a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao advogado-geral da União.
RetomandoSabem o que é impressionante? A “bomba” que Lula supostamente teria contra Mendes começou a circular nos blogs sujos logo depois. O JEG — a jornalismo financiado pelas estatais — pôs para circular a informação falsa de que Mendes teria viajado às expensas de Cachoeira. Muitos jornalistas sabem que o ex-presidente está na origem de boatos que procuravam associar o ministro ao esquema Cachoeira. Ou por outra: Lula afirma ter o “controle político” da CPI e parece controlar, também, todas as calúnias e difamações que publicadas na esgotosfera. Sigamos.
Lula deixou claro que está investindo em outros ministros da corte. Revelou já ter conversado com Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão — só depende dele o início do julgamento — sobre a conveniência de deixar o processo para o ano que vem. Sobre José Antônio Dias Toffoli, foi peremptório e senhorial: “Eu disse ao Toffoli que ele tem de participar do julgamento”. Qual a dúvida? O agora ministro já foi advogado do PT e assessor de José Dirceu; sua namorada advoga para um dos acusados. A prudência e o bom senso indicam que se declare impedido. Lula pensa de modo diferente — e o faz como quem tem certeza do voto. Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo e um dos porta-vozes informais do chefão do PT, já disse algo mais sério: “Ele não tem o direito de não participar”.
A ministra Carmen Lúcia, na imaginação de Lula, ficaria por conta de Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF e atual presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República: “Vou falar com o Pertence para cuidar dela”. Com Joaquim Barbosa, o relator, Lula está bravo. Rotula o ministro de “complexado”. Ayres Britto, que vai presidir o julgamento se ele for realizado até novembro, estaria na conta do jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, amigo de ambos, que ficaria encarregado de marcar a conversa. Leia mais um trecho da reportagem
(…)
Ayres Britto contou que o relato de Gilmar ajudou-o a entender uma abordagem que Lula lhe fizera uma semana antes, durante um almoço no Palácio da Alvorada, onde estiveram a convite da presidente Dilma Rousseff. Diz o ministro Ayres Britto: “O ex-presidente Lula me perguntou se eu tinha notícias do Bandeirinha e completou dizendo que, “qualquer dia desses, a gente toma um vinho”. Confesso que, depois que conversei com o Gilmar, acendeu a luz amarela, mas eu mesmo tratei de apagá-la”. Ouvido por VEJA, Jobim confirmou o encontro de Lula e Gilmar em seu escritório em Brasília, mas, como bom político, disse que as partes da conversa que presenciou “foram em tom amigável”. VEJA tentou entrevistar Lula a respeito do episódio. Sem sucesso, enviou a seguinte mensagem aos assessores: “Estamos fechando uma matéria sobre o julgamento do mensalão para a edição desta semana. Gostaríamos de saber a versão do ex-presidente Lula sobre o encontro ocorrido em 26 de abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, com a presença do anfitrião e do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, no qual Lula fez gestões com Mendes sobre o julgamento do mensalão”. Obteve a seguinte frase como resposta: “Quem fala sobre mensalão agora são apenas os ministros do Supremo Tribunal Fe¬deral”. Certo. Mas eles têm ouvido muito também sobre o mensalão”.
EncerroÉ isso aí. Não há um só jornalista de política que ignore essas gestões de Lula, sempre contadas em off. Ele mesmo não tem pejo de passar adiante supostas informações sobre comprometimentos deste ou daquele. Desde o início, estava claro que pretendia usar a CPI como instrumento de vingança contra desafetos — inclusive a imprensa — e como arma para inocentar os mensaleiros.
As informações estarrecedoras da reportagem da VEJA dão conta da degradação institucional a que Lula tenta submeter a República. Como já afirmei aqui, ele exerce, como ex-presidente, um papel muito mais nefasto do que exerceu como presidente. O cargo lhe impunha, por força dos limites legais, certos impedimentos. Livre para agir, certo de que é o senhor de ao menos seis vassalos do Supremo (que estes lhe dêem a resposta com a altivez necessária, pouco impota seu voto), tenta fazer valer a sua vontade junto àqueles que, segundo pensa, lhe devem obrigações. Aos que estariam fora do que supõe ser sua área de mando, tenta aplicar o que pode ser caracterizado como uma variante da chantagem.
Tudo isso para reescrever a história e livrar a cara de larápios. Mas também essa operação foi desmascarada. Por VEJA! Por que não seria assim?
Nem a ditadura militar conseguiu do Supremo Tribunal Federal o que Lula anseia: transformar o tribunal num quintal de recreação de um partido político.

Por Reinaldo Azevedo
--

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Por Millôr Fernandes: Militar é incompetente demais!!! Militares, nunca mais! Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério,

Por Millôr Fernandes

Militar é incompetente demais!!!
Militares, nunca mais!
Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério,
honesto e progressista.
Cresce o grupo que não quer mais ver militares no poder,
pelas razões abaixo.
Militar no poder, nunca mais.
Só fizeram lambanças.
Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista,
que foi duplicada e recebeu melhorias;
acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista.
Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora.
Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.
Criaram esse maldito do Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia.
Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro",
deram um impulso gigantesco à Petrobras,
que passou a extrair petróleo 10 vezes mais
(de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil);
sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.
Enfiaram o Brasil numa disputa estressante,
levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.

Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros,
que, com a gigantesca oferta de emprego,
ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".
Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo.
Uma desgraça completa.
Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos.
Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.
Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas
(Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu),
o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos.
O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.
Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.
Esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas,
que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses,
em cujos países as pessoas se reuniam em fila
nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.
Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes,
só porque soltaram uma
"bombinha de São João"
no aeroporto de Guararapes,
onde alguns inocentes morreram de susto apenas.
Os militares são muito estressados.
Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas...
ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.
Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.
Os de hoje é que são bons e honestos.
Cadê os Impostos de hoje, isto eles não fizeram!
Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.
Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.
Outras desgraças criadas pelos militares:
Trouxeram a TV a cores para as nossas casas,
pelas mãos e burrice de um Oficial do Exército,
formado pelo Instituto Militar de Engenharia,
que inventou o sistema PAL-M.
Criaram ainda a EMBRATEL;
TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM.
Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo.
Pensa!!
Depois que entregaram o governo aos civis, estes,
nos vinte anos seguintes,
não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.
Graças a Deus!
Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!
Tem muito mais coisas horrorosas que eles,
os militares, criaram,
mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:
"Militar no poder, nunca mais!!!",
exceto os domesticados.
Ainda bem que hoje estão assumindo o poder
pessoas compromissadas com os interesses do Povo.
Militares jamais!
Os políticos de hoje pensam apenas em ajudar as pessoas e foram injustamente prejudicadas quando enfrentavam os militares
com armas às escondidas com bandeiras de socialismo.
Os países socialistas são exemplos a todos.

ALÉM DISSO, NENHUM DESSES MILITARES
CONSEGUIU FICAR RICO.
ÊTA INCOMPETÊNCIA ! ! ! !!
Millôr Fernandes

terça-feira, 22 de maio de 2012

Comissão da Verdade pela Folha de São Paulo

Qua, 16 de Maio de 2012 22:08
Sob o título de "10 perguntas para a Comissão da verdade" a FOLHA DE SÃO PAULO publicou no dia de hoje o seguinte texto:

10 perguntas para a comissão da verdade
Vinte e sete anos após o fim da ditadura, grupo poderá desvendar segredos como o destino dos desaparecidos
1) ARAGUAIA
O que o Exército fez com os guerrilheiros?
Pelas contas oficiais, 63 guerrilheiros foram mortos no maior conflito armado da ditadura, entre 1972 e 1974. Até hoje, só duas ossadas de militantes foram identificadas.        A comissão pode esclarecer se houve extermínio de presos e ajudar a localizar seus restos mortais
2) A MORTE DE VLADO
Como morreu Vladimir Herzog?
O jornalista Vladimir Herzog foi encontrado morto na prisão, em outubro de 1975. O culto ecumênico em sua memória, na Catedral da Sé, virou marco da resistência ao regime. A foto do corpo de Vlado expôs a fragilidade da versão oficial de suicídio, mas sua morte nunca foi esclarecida
3) RUBENS PAIVA
Quem matou o ex-deputado?
Cassado logo após o golpe de 1964, Rubens Paiva foi visto pela última vez ao ser preso em janeiro de 1971. Seu desaparecimento se tornou um escândalo internacional. Até hoje não ficou comprovado como, onde e quando ele morreu. O corpo nunca foi encontrado
4) OS DELATORES
Quem eram os informantes do regime?
A ditadura montou uma rede de informantes e agentes infiltrados em órgãos públicos, empresas e organizações de esquerda. O caso mais conhecido é o de Cabo Anselmo. A comissão pode identificar outros agentes que entregaram militantes para a tortura
5) STUART E ZUZU ANGEL
O que fizeram com o filho de Zuzu Angel?
O estudante Stuart Angel Jones foi preso em 1971 e visto pela última vez na Base Aérea do Galeão, onde sofreu torturas. Sua mãe, a estilista Zuzu Angel, denunciou o crime no exterior e morreu num acidente de carro no Rio que jamais foi esclarecido
6) OS TORTURADORES
Quem praticou maus tratos nos porões?
Um dos principais objetivos da comissão é identificar os agentes civis e militares que torturaram. O projeto "Brasil Nunca Mais" listou 436 pessoas em 1985, mas muitas já morreram. O levantamento pode dar origem a novas ações contestando a Lei da Anistia
7) OPERAÇÃO BANDEIRANTE
O que aconteceu na rua Tutoia?
Ao menos nove militantes morreram e dezenas foram torturados na Oban (Operação Bandeirante), instalada em 1969 e depois rebatizada de DOI-Codi. Uma das vítimas do centro de repressão, instalado na rua Tutoia (zona sul de SP), foi a presidente Dilma Rousseff
8) A CASA DE PETRÓPOLIS
O que ocorreu na Casa da Morte?
A Casa de Petrópolis foi mantida pelo CIE (Centro de Informações do Exército) na região serrana do Rio. Segundo relato do ex-sargento Marival Chaves, funcionou como palco de torturas, assassinatos e ocultação de cadáveres. A lista de vítimas nunca foi conhecida
9) OPERAÇÃO CONDOR
Como funcionou a aliança entre ditaduras?
No fim dos anos 70, ditaduras do Cone Sul se uniram numa operação secreta para perseguir militantes de esquerda. Só na Argentina, desapareceram seis brasileiros entre 1976 e 1980. A comissão pode esclarecer as mortes e os seqüestros
10) DESAPARECIDOS
Onde enterraram as vítimas do regime?
Entre 150 e 180 militantes que lutaram contra a ditadura são considerados desaparecidos -seus corpos nunca foram entregues às famílias. Muitos foram enterrados clandestinamente em cemitérios como os de Perus e Vila Formosa, em SP.


Bom, visto que a Folha faz 10 perguntas para a Comissão da verdade, como meio jornalístico, me sinto no direito de fazer as minhas "10 perguntas para a Comissão da Verdade".

1) ARAGUAIA.
O que os tais guerrilheiros faziam e pretendiam no ARAGUAIA.
Cerca de 80 ditos guerrilheiros se instalaram na região sob orientação do partido comunista e com apoio da China. Todos usavam nomes falsos. Se eram cidadãos de bem,        por que usavam nomes falsos? 
Quantas companheiros "OSVALDÃO" ( Osvaldo Orlando da Costa - militante do PCdoB ) justiçou, além claro dos dois tenentes, e onde estão os corpos?

2) A MORTE DE KOSEL.
Quem ordenou para Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, José Araújo de Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra de Andrade, José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, Pedro Lobo de Oliveira, Eduardo Collen Leite da VPR ( organização à qual pertenceu dona Wana Roussef ), a explosão dos 50 kilos de dinamite contra o portão principal do QG do IIº Exército (Ibirapuera) que alé de ferir 6 militares, sendo 2 oficiais de lata patente, estraçalhgou o corpo do jovem Mário Kosel, então com apenas 19 anos e 6 meses de exército?

3) A MORTE DO JORNALISTA Edson Régis de Carvalho - PE.
Quem comandou a explosão da bomba no aeroporto de Guararapes que vitimou o Jornalista Edson Régis e deixou 17 feridos, além de 2 mortos, no dia 25/07/66?

4) OS FINACIADORES.
Quem financiava as ações terroristas no Brasil e quem eram os responsáveis pela entrada de dinheiro no Brasil e pelo ttreinamento do grupos de esquerda que praticava ações de sequestros?

5) Osíris Motta Marcondes, bancário - SP
Quem integrava o grupo que, ao tentar assaltar o BANCO MERCANTIL, matou firiamente Osíris Motta, gerente da agência? E de quem partiu a ordem para o assalto?

6) OS JUSTIÇADORES.
Quem e quantos eram os responsáveis pelos mais de 50 justiçamentos de cumpanhêros sobre os quais recaía a desconfiança de serem delatores dos terroristas?

7) OPERAÇÃO EMBAIXADOR.
Quantos eram, quem eram e quem torturou o embaixador americano no aperelho terrorista onde ficou preso? Sabe-se que um deles era o ex-ministro Franklin Martins. Quem eram os outros?

8) DINHEIRO DE ADHEMAR.
Quem ficou e o que foi feito com os 2 milhões de dólares roubados do cofre de Adhemar de Barros?

9) ARMAS.
De onde vinham as armas que Dona Wana Roussef afirma ter escondido embaixo do colchão onde dormia? Em quais operações elas foram usadas e por quem?
 

10) QUAIS OS MILITANTES DE ESQUERDA ENTREGARAM SEUS COMPANHEIROS PARA OS RADICAIS DO EXÉRCITO? ( Não vale Genoíno )
 
__,_._,___

quinta-feira, 17 de maio de 2012

JÁ PASSOU DOS LIMITES - Artigo do jornalista Paulo Martins – edição de sábado – Jornal Manchete Popular Parana

Artigo do jornalista Paulo Martins – edição de sábado – Jornal Manchete Popular  Parana

JÁ PASSOU DOS LIMITES
A molecagem tanto do próprio governo como de figuras a ele ligadas, assim como de parte de radicais da imunda extrema esquerda, contra o Exercito Brasileiro, contra também suas patentes, já foi longe demais. Aliás, a própria inquilino da Presidência da República ultrapassou, no dorso da omissão, os limites tolerados no sentido de cumprir com sua obrigação constitucional de defender os valores patrióticos de nossa Nação. O Exercito é um desses valores e está sendo apedrejado de forma infame, repulsiva, insultante, sem que haja reação de parte de quem tem por obrigação tomar medidas rígidas e expressivas. Até quando um mambembe moral e deformado vai ser tolerado a bordo de ofensas, pelo simples fato de terem no ódio uma marca sentimental contra quem nunca lhe permitiu espaço para movimentações corrosivas e decompostas? A esquerda tem, sim, ódio do Exército, de oficiais do Exercito, da disciplina do Exercito e principalmente do respeito e dedicação disciplinar da Corporação para com o Brasil. Certamente esses sentimentos repulsivos dos radicais de esquerda são alimentados justamente pela falta desses valores patrióticos. No ultimo sábado general de Exército Rômulo Bini, decidiu dar um basta na “domesticação” e lançou nota de revolta, de repúdio às omissões dos demais oficiais. O comandante do Exército, general Enzo Peri, não gostou. Que lástima. Como Dilma, passa a também se omitir em relação à sua obrigação de honrar e defender a instituição. Já não é caso de disciplina ou indisciplina, é caso de omissão grave permitir que o Exercito e seus integrantes sejam enxovalhados por línguas sujas e almas decompostas. Essa gente, repito, já passou dos limites, o Exercito é nosso, do Brasil, dos brasileiros, é um valor incomensurável que está sendo desrespeitado e é preciso        que os moleques responsáveis por esses atos sejam definitivamente chamados à ordem, afinal, se revelam atração por comportamentos compatíveis com lata de lixo, é preciso que se convençam que o Exercito brasileiro não é essa lata, a lata, quem sabe, seja quem lhes passou essa deplorável maneira de ser ao longo de suas “formações sociais e familiares”.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Clube Naval cria comissão da verdade paralela à oficial

-Assunto:  Comissão da Verdade paralela à oficial
Clube Naval cria comissão da verdade paralela à oficial

Objetivo é dar assessoria jurídica a militares que possam depor e evitar ações pró-revogação da Lei da Anistia

14 de maio de 2012 | 3h 08
 
 
TÂNIA MONTEIRO / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Preocupado em blindar os militares que serão convidados a depor na Comissão Nacional da Verdade e a apresentar um contraponto a possíveis ataques às Forças Armadas, o presidente do Clube Naval, Ricardo Veiga Cabral, criou uma "comissão paralela da verdade" e montou um grupo jurídico para assessorá-la.
A ideia é analisar os debates na Comissão da Verdade e oferecer orientação jurídica e acompanhamento nos depoimentos. A iniciativa pioneira do Clube Naval deve ser seguida pelos demais Clubes Militares, liderados por militares da reserva, que têm funcionado como a voz do pessoal da ativa que é impedido de falar pelo Regulamento Disciplinar das Forças Armadas.
Na quinta-feira - um dia depois de a comissão oficial começar a funcionar em Brasília, após pomposa posse no Palácio do Planalto com a presença de quatro ex-presidentes -, as preocupações com a conduta dos trabalhos será debatida numa reunião interclubes, no Rio de Janeiro.
"Precisamos estar atentos sobre os passos da comissão e por isso faremos este acompanhamento diuturno", disse Veiga Cabral ao Estado. De acordo com o almirante, a comissão paralela poderá, ainda, "evoluir para um diálogo com a Comissão da Verdade, ou pelo menos com alguns integrantes dela, para ouvirem nossas justificativas". Ele teme que a Comissão da Verdade seja "apenas uma estratégia, um primeiro passo, para, depois, tentarem revogar a Lei da Anistia, que está em vigor e foi ratificada pelo Supremo Tribunal Federal".
Esquerda. "Será que eles não vão ceder à esquerda?", questiona Veiga Cabral. Para ele, decorre daí a importância da comissão paralela e de artigos como o publicado pelo Estado no sábado, assinado pelo general de Exército Rômulo Bini, que pede o fim do silêncio pelos militares.
O texto do general Bini - que convoca os militares da reserva e até os chefes para suspenderem o silêncio que se impuseram, para questionarem a Comissão, que chama de revanchista, e pede que reajam aos insultos que a categoria vem recebendo - desagradou ao comandante do Exército, general Enzo Peri.
Há preocupação de que um artigo de um oficial general como Bini, que sempre esteve longe de qualquer radicalismo, sirva de incentivo para outros oficiais, até mesmo da ativa, se manifestem, desencadeando um problema interno com várias vertentes, que começa com a Comissão da Verdade e passa, obrigatoriamente, pela insatisfação salarial, que é imensa. Justamente para evitar a propagação das ideias do general Bini, o artigo dele não foi incluído na resenha do Exército, nem de sábado, nem de domingo, que chega a todas as unidades militares do País.
 

domingo, 13 de maio de 2012

Membros de Comissão da Verdade pregam investigação sem revanchismo

Membros de Comissão da Verdade pregam investigação sem revanchismo
Dipp afirma que objetivo do trabalho é promover a ‘reconciliação nacional’ e resgatar a memória
Ricardo Brito e Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Escolhido pela presidente Dilma Rousseff para compor a Comissão da Verdade, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp afirmou nesta sexta-feira, 11, que o trabalho do colegiado poderá contribuir para a “reconciliação nacional” sem nenhum “revanchismo” e que atuará “doa a quem doer”.
O magistrado acredita que não haverá resistência às investigações do grupo, que começa os trabalhos oficialmente na próxima quarta-feira. “Não (haverá resistências). Acho que a sociedade como um todo vai absorver o sentido da lei (que criou a Comissão da Verdade, de novembro do ano passado), que é resgatar a memória nacional, trazendo à tona violações graves dos direitos humanos, reconstruindo a história e fazendo a pacificação nacional”, disse Dipp, no intervalo do encontro da comissão de juristas do Senado que discute mudanças no Código Penal.
Para o ministro do STJ, a intenção da lei não é revanchismo a qualquer pessoa ou grupo: “É a procura de uma reconciliação nacional, doa a quem doer”.
O magistrado, que foi elogiado pelos colegas da comissão de juristas durante a sessão, contou que recebeu a primeira sondagem para compor a Comissão da Verdade há 48 horas e o convite de Dilma na quinta-feira à tarde. “Eu fui pego de surpresa”, afirmou Dipp, que não quis adiantar nenhuma linha de atuação do colegiado antes de se encontrar com os outros seis integrantes.
Para Dipp, a comissão é uma questão do “Estado brasileiro” e “não de governo”. O ministro do STJ disse que desde o governo Fernando Henrique Cardoso, passando pela gestão Lula, e agora com Dilma Rousseff, o tema vem sendo debatido.
Ele ressaltou que comissões desse tipo têm sido abertas em várias nações que passaram por violações de direitos humanos. “Então o Brasil está caminhando na mão certa”, disse.
O magistrado acrescentou que não é um problema o Brasil ter demorado a criar sua Comissão da Verdade. “Temos que trabalhar com a nossa realidade, com aquilo que vamos deliberar. A questão é nossa, a responsabilidade é nossa.” Dipp disse que “certamente” o propósito da comissão será cumprido.
Prazos. Pela lei que a criou, o grupo terá dois anos para apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, período que abrange a ditadura militar. Ao fim dos trabalhos será produzido um relatório com as conclusões dos crimes investigados. Mas a Lei de Anistia, de 1979 e mantida em vigor por decisão do Supremo Tribunal Federal, não permite a punição de pessoas envolvidas com os crimes.
Questionado se o País poderia ir além, punindo agentes do Estado ou militares, ele respondeu: “Não vou fazer este comentário porque não estou autorizado a fazer, por enquanto”.
Sem revanche. Também integrante da comissão, o ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles disse que o papel será “buscar a reconstituição da história sem nenhum tipo de revanchismo” ou perseguição. “Não há espaço para isso”, ressaltou ele, assegurando que “ninguém vai perseguir ninguém”, até porque existe a Lei de Anistia, que vale para todos os lados. “Temos de virar esta página da história do Brasil. Precisamos criar uma memória e estabelecer a verdade, mas ninguém vai reescrever a história”, avisou ele.
Segundo Fonteles, que foi procurador no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “existe uma lei que reconhece que o Estado brasileiro violou os direitos humanos”. “É aí que vamos reconstituir a história, aproveitando já o trabalho da comissão de mortos e desaparecidos políticos do Ministério da Justiça.” Para ele, “nenhum Estado pode violar os direitos humanos e o que se pretende com a comissão é evitar que estes fatos se repitam”.
De acordo com Fonteles, não há o que temer os militares. “Ninguém vai perseguir ninguém. Existe uma lei de anistia em vigor”, declarou. Questionado sobre a revisão da Lei de Anistia, foi taxativo: “Impossível”.

Comissão da Verdade está equilibrada, diz OAB

RAFAEL MORAES MOURA - Agência Estado
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, considerou "equilibrada" a composição da Comissão da Verdade, anunciada na quinta-feira pelo governo. Em nota divulgada pela OAB, Cavalcante afirmou que os escolhidos são "profundos estudiosos", que devem atuar com grande responsabilidade "na apuração de fatos que precisam ser passados a limpo, para que a verdade histórica seja conhecida em sua plenitude".
O trabalho da comissão, na opinião do presidente da OAB, deverá ser feito com rigor e equilíbrio "para que não paire qualquer sentimento de radicalismos nem de um lado nem de outro".
A comissão deverá esclarecer casos de violações de direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988. Os sete membros terão prazo de dois anos para realizar o trabalho e apresentar relatório.
Integram a comissão José Carlos Dias, Gilson Dipp, Rosa Maria Cardoso da Cunha, Cláudio Fonteles, Paulo Sérgio Pinheiro, Maria Rita Kehl e José Paulo Cavalcanti Filho.
A comissão será instalada na próxima quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, e deve contar com a presença dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
“A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto ela se divida em outros afetos. Aos amigos, a alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Eles não saberiam o quanto gosto deles”.
Vinicius – C. L.

Comissão da "Verdade" - 1a parte

 Um bom começo para a  Comissão da "Verdade" - 1a parte
 
1) 12/11/64 - Paulo Macena,  Vigia – RJ
Explosão de bomba deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto.
 
2) 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército – Paraná
Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom Cardim de Alencar Osorio. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete meses.
 
3) 25/07/66 - Edson Régis de Carvalho, Jornalista – PE
4) 25/07/66 - Nelson Gomes Fernandes, almirante – PE
Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 17 feridos e 2 mortos. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a perna direita amputada.
 
5) 28/09/66 - Raimundo de Carvalho Andrade - Cb PMGO
Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de dentro da escola.
 
6) 24/11/67 - José Gonçalves Conceição (Zé Dico) - Fazendeiro – SP
Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas.
 
7) 15/12/67 - Osíris Motta Marcondes,  bancário – SP
Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente.
 
8) 10/01/68 - Agostinho Ferreira Lima - Marinha Mercante - Rio Negro/AM
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr. Ramon”, que, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste  ataque, Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68.
 
9) 31/05/68 - Ailton de Oliveira,  guarda Penitenciário – RJ
O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68. Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani.
 
10) 26/06/68-  Mário Kozel Filho - Soldado do Exército – SP
No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos.
É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se lembra.
 
11) 27/06/68 - Noel de Oliveira Ramos - civil – RJ
Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.
 
12) 27/06/68 - Nelson de Barros - Sargento PM -  RJ
No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”, realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.
 
13) 01/07/68 - Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen - major do Exército Alemão – RJ
Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Todos pertenciam à organização terrorista COLINA- Comando de Libertação Nacional.
 
14) 07/09/68 - Eduardo Custódio de Souza - Soldado PM – SP
Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.
 
15) 20/09/68 - Antônio  Carlos  Jeffery - Soldado PM – SP
Morto a tiros quando de sentinela  no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária. Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.
 
16) 12/10/68 - Charles Rodney Chandler - Cap. do Exército dos Estados Unidos – SP
Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). Quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver,  na frente da sua mulher, Joan,  e de seus 3 filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).
 
17) 24/10/68 - Luiz Carlos Augusto - civil – RJ
Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.
 
18) 25/10/68 - Wenceslau Ramalho Leite - civil – RJ
Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson), ambos integrantes da organização terrorista COLINA (Comando de Libertação Nacional).
 
19) 07/11/68 - Estanislau Ignácio Correia - Civil – SP
Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.
 
“Quando a lista estiver completa, reparem que a ALN (Ação Libertadora Nacional) e a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) estão entre os grupos mais violentos. À primeira, pertenceu o ministro Paulo Vannuchi, que hoje comanda a banda que quer a “revanche”; a ministra Dilma Rousseff, cuja pasta deu forma final ao “decreto”, integrou a segunda.”
 
“Neste grupo, destaca-se a impressionante covardia de Carlos Lamarca, o grande herói do panteão da mistificação. Sabe-se que era um assassino frio. Mas prestem atenção às circunstâncias da morte de Alberto Mendes Junior, a vítima nº 56.”
 
“Havia milhares de agentes do estado empenhados em conter a subversão. E o número de mortos, reconhecido pelas próprias esquerdas, é 424. Os esquerdistas, na comparação, eram meia-dúzia de gatos pingados. Mesmo assim, mataram 119 pessoas. Isso indica o, digamos assim, alto grau de letalidade daqueles humanistas.”

 
Relação cronológica dos mortos pelas mãos de terroristas entre os anos de 1969 a 1974.
 
20) 07/01/69 - Alzira Baltazar de Almeida  - dona de casa - Rio de Janeiro/RJ
Uma bomba jogada por terroristas embaixo de uma viatura policia, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou Alzira, que passava pela rua
 
21) 11/01/69 - Edmundo Janot  - Lavrador - Rio de Janeiro / RJ
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas  proximidades da sua fazenda.
 
22) 29/01/69 - Cecildes Moreira de Faria  - Subinspetor de Polícia - BH/ MG
23) 29/01/69 - José Antunes Ferreira - guarda civil - BH/MG
Policiais chegaram a um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na Rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo. Foram recebidos por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva, “Cesar’ ou “Miranda”, que mataram o subinspetor Cecildes Moreira da Silva (ver acima), que deixou viúva e oito filhos menores. Ferreira também morreu. Além do assassino, foram presos os seguintes terroristas: Afonso Celso L.Leite (Ciro), Mauricio Vieira de Castro (Carlos), Nilo Sérgio Menezes Macedo, Júlio Antonio Bittencourt de Almeida (Pedro), Jorge Raimundo Nahas (Clovis ou Ismael) e Maria José de Carvalho Nahas (Celia ou Marta). No interior do “aparelho”, foram apreendidos 1 fuzil FAL, 5 pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.
 
(*) 120) 31/03/69 – Manoel Da Silva Dutra – Civil – Rio de Janeiro / RJ
Morto durante assalto ao banco Andrade Arnaud. O caso é particularmente importante porque um dos então terroristas que participaram da operação se chamava Carlos Minc. Ele vinha do Colina, que se fundiu com a VPR para formar a VAR-PALMARES.
 
24) 14/04/69 - Francisco Bento da Silva - motorista – SP
25) 14/04/69 - Luiz Francisco da Silva - guarda bancário –SP
Mortos durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC do B ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de cruzeiros. Participaram desta ação os seguintes terroristas: Élio Cabral de Souza, Derly José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e Antônio Medeiros Neto
 
26) 08/05/69 - José de Carvalho - Investigador de Polícia -  SP
Atingido com um tiro na boca durante um assalto ao União de Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer no dia seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio Maria Comenda Belchior e Ferdinando Eiamini. Participaram os seguintes terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN): Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da Costa Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales Vani. Takao Amano foi baleado na coxa e operado, em um “aparelho médico” por Boanerges de Souza Massa, médico da ALN.
 
27) 09/05/69 - Orlando Pinto da Silva - Guarda Civil – SP
Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa, disparados por Carlos Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua Piratininga, Bairro da Mooca. Na ocasião também foi esfaqueado o gerente do Banco, Norberto Draconetti. Organização responsável por esse assalto: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
 
28) 27/05/69 - Naul José Montovani - Soldado PM – SP
Em 27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da Força Pública de São Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul, SP/SP. Os terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Carlos Eduardo Pires Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta e Ana Maria de Cerqueira César Corbusier metralharam o soldado Naul José Montovani, que estava de sentinela e que morreu instantaneamente. O soldado Nicário Conceição Pulpo, que correu ao local ao ouvir os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo ficado paralítico.
 
29)  04/06/69 - Boaventura Rodrigues da Silva - Soldado PM – SP
Morto por terroristas durante assalto ao Banco Tozan.
 
30) 22/06/69 - Guido Boné - Soldado PM – SP
31) 22/06/69 - Natalino Amaro Teixeira - Soldado PM – SP
Mortos por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a rádio-patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas.
 
32) 11/07/69 - Cidelino Palmeiras do Nascimento - Motorista de táxi – RJ
Morto a tiros quando conduzia, em seu carro, policiais que perseguiam terroristas que haviam assaltado o Banco Aliança, agência Muda. Participaram deste assassinato os terroristas Chael Charles Schreier, Adilson Ferreira da Silva, Fernando Borges de Paula Ferreira, Flávio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo, Sônia Eliane Lafóz e o autor dos disparos Darci Rodrigues, todos pertencentes a organização terrorista VAR-Palmares.
 
33) 24/07/69 - Aparecido dos Santos Oliveira - Soldado PM – SP
O Banco Bradesco, na rua Turiassu, no Bairro de Perdizes, foi assaltado por uma frente de grupos de esquerda. Foram roubados sete milhões de cruzeiros. Participaram da ação:
- Pelo Grupo de Expropriação e Operação: Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Raimundo Gonçalves de Figueiredo, Ney Jansen Ferreira Júnior, José Couto Leal;
- Pelo Grupo do Gaúcho: Plínio Petersen Pereira, Domingos Quintino dos Santos, Chaouky Abara;
- Pela VAR-Palmares: Chael Charles Schreier, Roberto Chagas e Silva, Carmem Monteiro dos Santos Jacomini e Eduardo Leite.
 
Raimundo Gonçalves Figueiredo baleou o soldado Oliveira. Já caído, ele recebeu mais quatro tiros disparados por Domingos Quintino dos Santos.
 
34) 20/08/69 - José Santa Maria - Gerente de Banco – RJ 
Morto por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, do qual era gerente.
 
35) 25/08/69 - Sulamita Campos Leite - dona de casa, PA
Parente do terrorista Flávio Augusto Neves Leão Salles. Morta na casa dos Salles, em Belém, ao detonar, por inadvertência ,uma carga de explosivos escondida pelo terrorista
 
36) 31/08/69 - Mauro Celso Rodrigues - Soldado PM – MA
Morto quando procurava impedir a luta entre proprietários e posseiros, incitada por movimentos subversivos.
 
37) 03/09/69 - José Getúlio Borba - Comerciário – SP
38) 03/09/69 - João Guilherme de Brito - Soldado da Força Pública/SP
Os terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN) Antenor Meyer, José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria Augusta Tomaz resolveram comprar um gravador na loja Lutz Ferrando, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria feito com um cheque roubado num assalto. Descobertos, receberam voz de prisão e reagiram. Na troca de tiros, o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa, e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela polícia, o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito.
 
39) 20/09/69 - Samuel Pires - Cobrador de ônibus – SP
Morto por terroristas quando assaltavam uma empresa de ônibus.
 
40) 22/09/69 - Kurt Kriegel - Comerciante - Porto Alegre/RS
Comerciante Kurt Kriegel, morto pela Var-Palmates em Porto Alegre.
 
41) 30/09/69 - Cláudio Ernesto Canton - Agente da Polícia Federal – SP
Após ter efetuado a prisão de um terrorista, foi atingido na coluna vertebral, vindo a falecer em conseqüência desse ferimento.
 
42) 04/10/69 - Euclídes de  Paiva Cerqueira - Guarda particular – RJ
Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador de valores do Banco Irmãos Guimarães
 
43) 06/10/69 - Abelardo Rosa Lima - Soldado PM – SP
 Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao Mercado Peg-Pag. Autores: Devanir José de Carvalho (Henrique), Walter Olivieri, Eduardo Leite (Bacuri), Mocide Bucherone e Ismael Andrade dos Santos. Organizações Terroristas: REDE (Resistência Democrática) e MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes).
 
44) 07/10/69 - Romildo Ottenio - Soldado PM – SP
Morto quando tentava prender um terrorista.
 
45) 31/10/69 - Nilson José de Azevedo Lins- civil – PE
Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da Souza Cruz, em Olinda. Foi assaltado e morto quando ia depositar, no Banco, o dinheiro da firma. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Autores: Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Rholine Sonde Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares e João Maurício de Andrade Baltar.
 
46) 04/11/69 - Estela Borges Morato - Investigadora do DOPS – SP
47) 04/11/69 - Friederich Adolf Rohmann - Protético – SP
Mortos durante a operação que resultou na morte do terrorista Carlos Marighela.
 
48) 14/11/69 - Orlando Girolo - Bancário – SP
Morto por terroristas durante assalto ao Bradesco.
 
49) 17/11/69 - Joel Nunes - Subtenente PM – RJ
Neste dia, o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80 milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um violento tiroteio no qual Avelino Bioni Capitani matou o sargento da PM Joel Nunes. Na ocasião, foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos.
 
50) 18/12/69 - Elias dos Santos - Soldado do Exército – RJ
Havia um aparelho do PCBR na rua Baronesa de Uruguaiana nº 70, no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali, Prestes de Paula, ao fugir pelos fundos da casa, disparou um tiro de pistola 45 contra Elias dos Santos.
 
51) 17/01/70 - José Geraldo Alves Cursino  - Sargento PM - São Paulo / SP
Morto a tiros por terroristas.
 
52) 20/02/70 - Antônio  Aparecido Posso  Nogueró - Sargento PM - São Paulo
Morto pelo terrorista Antônio Raimundo de Lucena quando tentava impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP.
 
53) 11/03/70 - Newton de  Oliveira Nascimento - Soldado PM - Rio de Janeiro
No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado, dirigido pelo último, quando foram interceptados no bairro de Laranjeiras- RJ por uma patrulha da PM. Suspeitando do motorista, pela pouca idade que aparentava, e verificando que Jorge Raimundo não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse no veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto Mauro de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria dirigindo o Corcel até a delegacia mais próxima. Aproveitando-se do descuido dos policiais, que não revistaram os detidos, Mário, ao manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado. O soldado Newton deixou a viúva dona Luci e duas filhas menores, de quatro e dois anos.
 
54) 31/03/70 - Joaquim Melo - Investigador de Polícia – Pernambuco
Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”.
 
55) 02/05/70 - João Batista de Souza - Guarda de Segurança – SP
Um comando terrorista, integrado por Devanir José de Carvalho, Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen Pereira, Waldemar Abreu e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), e mais Eduardo Leite (Bacuri), pela Resistência Democrática (REDE), assaltaram a Companhia de Cigarros Souza Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião Bacuri assassinou o guarda de segurança João Batista de Souza.
 
56) 10/05/70 - Alberto Mendes Junior- 1º Tenente PM – SP
Esta é uma das maiores expressões da covardia e da violência de que era capaz o terrorista Carlos Lamarca. No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por ele, estavam numa pick-up e pararam num posto de gasolina em Eldorado Paulista. Foram abordados por policiais e reagiram a bala, conseguindo fugir. Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha. Em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista. Por volta das 21h, houve o encontro com os terroristas, que estavam armados com fuzis FAL, enquanto os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos, e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando de urgentes socorros médicos. Julgando-se cercado, Mendes aceitou render-se desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para Sete Barras.
 
De madrugada, a pé e sozinho, Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou Lamarca, que decidiu seguir com seus companheiros e com os prisioneiros para Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade, foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois terroristas - Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega - desgarraram-se do grupo, e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando junto o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o tenente pararam para descansar. Carlos Lamarca, Yoshitame Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um “tribunal revolucionário”, que resolveu assassinar o Tenente Mendes. Os outros  dois, Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima, ficaram vigiando o prisioneiro.
 
Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram. Yoshitame Fujimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado. Em 08/09/70, Ariston Lucena foi preso pelo DOI-CODI e apontou o local onde o tenente estava enterrado.
 
57) 11/06/70 - Irlando de Moura Régis - Agente da Polícia Federal – RJ
Foi assassinado durante o seqüestro do embaixador da Alemanha, Ehrendfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben. A operação foi executada pelo Comando Juarez Guimarães de Brito. Participaram Jesus Paredes Soto, José Maurício Gradel, Sônia Eliane Lafóz, José Milton Barbosa, Eduardo Coleen Leite (Bacuri), que matou Irlando, Herbert Eustáquio de Carvalho, José Roberto Gonçalves de Rezende, Alex Polari de Alverga e Roberto Chagas da Silva.
 
58) 15/07/70 - Isidoro Zamboldi - segurança – SP
Morto pela terrorista Ana Bursztyn durante assalto à loja Mappin.
 
59) 12/08/70 - Benedito Gomes - Capitão do Exército – SP
Morto por terroristas, no interior do seu carro, na Estrada Velha de Campinas.
 
60) 19/08/70 - Vagner Lúcio Vitorino da Silva - Guarda de segurança – RJ
Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização terrorista MR-8 ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de Ramos. Sônia Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o mataram. Participaram, também, dessa ação os terroristas Reinaldo Guarany Simões, Viriato Xavier de Melo Filho e Benjamim de Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém-chegados do curso em Cuba.