quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Novembro de 1935: Ontem, Hoje e Sempre - Honra e Coragem

...diante da honra vai a humildade. Pv 18:12 
ג'ואן קרלוס

O fato de o comandante do Exército ter presidido esta solenidade, proscrita do calendário das efemérides militares pelos cleptocratas, foi um ato mais do que simbólico no sentido de demonstrar que as FF AA estão coesas em torno de seus chefes e que não aceitam a implantação do comunismo em nosso país, seja ele travestido de socialismo ou outras formas de totalitarismo de esquerda.  A imprensa nada publicou, mas, com toda certeza, no gabinete da presidente da República, ministros de Estado, governadores, senadores, deputados, políticos etc este foi, com certeza, o assunto preocupante do dia. A ministra Maria do Rosário deve ter posto as barbas de molho ( literalmente ... ).

BATALHA

De: Antônio Medeiros [mailto:aamedeiros223@gmail.com] 
Enviada em: domingo, 27 de novembro de 2011 21:15
Para: Aloisio
Assunto: Fwd: FOTOS DA SOLENIDADE DA PRAIA VERMELHA ( 25 NOV )




- Solenidade na Praia Vermelha

Intentona Comunista (1935). Clarim, toque Vitória!




Escrito por Texto: Com Social do CML - Fotos e comentários: Ten Mergulhão   
Uma linda manhã de sol nesta sexta-feira, as Forças Armadas capitaneadas pelo Exército tendo seu Comandante, General Enzo, presidido a cerimônia, foram prestadas homenagens às vítimas da Intentona Comunista.


Os antigos Chefes, agora na Reserva, estavam todos lá. Alguns, pela adiantada idade e o sol forte, precisaram de atendimento médico. Familiares de alguns mortos também lá estavam e foram – durante a cerimônia, cumprimentados por todas as autoridades.


Um desses familiares, nosso velho conhecido, é o General de Exército Ivan de Mendonça Bastos, antigo Chefe do DEP.



Após alguns dias feios e chuvosos, Ele mandou um radiante dia de sol para abrilhantar ainda mais essa reverência aos que tombaram naquele ato covarde dos comunistas da Aliança Nacional Libertadora (ANL).


Este redator chegou cedo e aproveitou para cumprimentar muitos dos antigos Chefes como os Generais Curado, Lessa, Carvalho, Cesário e Castro.


Mas a quantidade de amigos era grande para nominá-los todos e, ao cumprimentar o General Montezano que conversava com o General Raton, o primeiro, substituirá o General Rui no DECEX no próximo dia 20 de dezembro e o segundo, Comanda o Instituo Militar de Engenharia, deixamos aqui registrados todos os demais não esquecendo dos Coronéis Haroldo (Diretor Hospital Geral da Vila Militar) e Helder Braga (Comandante de um Batalhão de Infantaria Paraquedista) e demais amigos.


Do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil estavam o Ten Monteiro (presidente) e dois diretores, eu e o Ten Paulo. Eles ficaram em forma com as demais autoridades e convidados e este escriba ficou tirando fotos.  O texto com o roteiro, agradeço à Ten Sheila Morello da Com Social do CML.


Chegada a hora, o pessoal da Comunicação Social do CML anunciou que se aproximavam do local da cerimônia o General de Exército Enzo Martins Peri acompanhado dos Generais Rui (Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército) e Adriano (Comandante Militar do leste) e após os toques regulamentares foram prestadas as honras militares ao Comandante do Exército com exórdio executado pela magnífica Banda Militar do I Batalhão de Guardas, o Batalhão do Imperador.


A Tenente Sheila dizia ao microfone: - Prestigiam esta cerimônia antigos e atuais membros do Almirantado, dos Alto-Comando do Exército e da Aeronáutica, Oficiais-Generais das Forças Armadas da Ativa e da Reserva, autoridades eclesiásticas, autoridades federais, estaduais e municipais, senhoras e senhores convidados.


O Cel Robson a seu lado, completava:- A presente cerimônia tem por finalidade reverenciar a memória dos militares mortos na intentona comunista em 27 de novembro de 1935.


E após cantarmos junto com a tropa o Hino Nacional Brasileiro, prosseguiu o narrador em sua explicação, coisa que hoje, nossos jovens pouco sabem...


A intentona comunista foi uma rebelião contra o Governo da República, liderada pela Aliança Nacional Libertadora (ANL) e tinha por objetivos derrubar o governo e tomar o poder.
O movimento ganhou adeptos dentro de Unidades do Exército, onde militares cooptados e influenciados por ideias revolucionárias, iniciaram uma rebelião no interior de algumas organizações militares do Exército.
Deflagrado na noite de 23 de novembro de 1935, em Natal, no Rio Grande do Norte, aonde, os amotinados chegaram a tomar o poder estadual durante três dias, estendeu-se para o Recife em 25 de novembro e, por último, para o Rio de Janeiro, então sede do Governo Federal, no dia 27. Em todos esses locais as lideranças do movimento esperavam obter o apoio popular que não se concretizou.
No Rio de Janeiro, as proporções do movimento foram mais amplas e cruéis, tendo sido deflagrados motins, simultâneos, no 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha; no 2º Regimento de Infantaria e no Batalhão de Comunicações, na Vila Militar; e na Escola de Aviação, no Campo dos Afonsos. Nos Quartéis em prontidão, os amotinados, na madrugada do dia 27, feriram e mataram seus companheiros de véspera enquanto dormiam.

Assim como no Recife, a mobilização no Rio de Janeiro foi rapidamente sufocada, o que não evitou que ocorressem mortes nos confrontos entre amotinados e forças legalistas. No ataque ao 3º Regimento de Infantaria, cujo aquartelamento, à época, emoldurava a Praia Vermelha, localizando-se entre as atuais instalações do Circulo Militar e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), morreram 28 militares.
Os restos mortais desses mártires repousam no mausoléu construído à nossa frente, nesta histórica Praça General Tibúrcio, e um encontra-se na cidade de Belo Horizonte.

Assim, hoje, formamos perfilados para solenemente, reverenciar a memória desses heróis que, 76 anos atrás, tombaram no triste e sangrento episódio da intentona comunista. Militares que levaram ao extremo o juramento firmado ao ingressarem nas fileiras do Exército, de defender a Pátria, mesmo com o sacrifício da própria vida.
Este ato, repetido anualmente, mantém viva em nossa memória a lembrança dos horrores da traição praticada nos quartéis em 35, alertando aos militares de hoje e de amanhã, sobre os perigos que podem advir da presença de ideologias políticas no interior das Unidades e renovando o permanente compromisso das Forças Armadas com a defesa da Pátria e dos ideais democráticos da Nação Brasileira.

Após esta alocução o Comandante do Exército, General Enzo, acompanhado por familiares dos mortos, o General de Exército Ivan de MendonçaBastos e a Senhora Irma Paladini da Silveira, fizeram aposição de uma coroa de flores junto ao Mausoléu guarnecido por militares trajando uniformes históricos do 1º Batalhão de Guardas, Batalhão do Imperador, onde estão guardados aqueles que deram suas vidas em prol dos ideais democráticos em 1935.

Na sequencia, foi executado o toque de silêncio em memória aos nossos companheiros e ao mesmo tempo uma Bateria do 31º GAC (escola) executou uma Salva de Gala (15 tiros).


Após, as mais altas autoridades foram cumprimentar os familiares dos heróis tombados em novembro de 1935 retornando a seus lugares...

E antão veio o ponto que mais me emocionou da cerimônia. Foi feita uma chamada nominal das vítimas a que todos os presentes respondiam PRESENTE!

E prosseguiu o narrador: - Em homenagem aos heróis que de maneira tão dignificante contribuíram para a manutenção dos elevados anseios de liberdade e de democracia do povo brasileiro, será procedida a chamada nominal dos que tembaram em 1935.

Ten Cel MISAEL DE MENDONÇA
Majores: ARMANDO DE SOUZA MELLO e
JOÃO RIBEIRO PINHEIRO
Capitães: GERALDO DE OLIVEIRA
DANILO PALADINI e
BENEDITO LOPES BRAGANÇA
1º Tenente JOSÉ SAMPAIO XAVIER
2º Tenente LAUDO LEÃO DE SANTA ROSA
Segundos Sargentos:JOSÉ BERNARDO ROSA e
JAIME PANTALEÃO DE MORAIS
Terceiros Sargentos: CORIOLANO FERREIRA SANTIAGO
ABDIEL RIBEIRO DOS SANTOS e
GREGÓRIO SOARES
Primeiros Cabos: LUIZ AUGUSTO PEREIRA e
ANTONIO CARLOS BOTELHO
Segundos Cabos:ALBERTO BERNARDINO DE ARAGÃO
PEDRO MARIA NETTO
FIDÉLIS BATISTA DE AGUIAR
JOSÉ HERMITO DE SÁ
CLODOALDO URSULANO
MANOEL BIRÊ DE AGRELLA e
FRANCISCO ALVES DA ROCHA
Soldados: LUIZ GONZAGA
LINO VITOR DOS SANTOS
JOÃO DE DEUS ARAÚJO
ÁLVARO DE SOUZA PEREIRA
GENARO PEDRO LIMA
WILSON FRANÇA
PÉRICLES LEAL BEZERRA
ORLANDO HENRIQUE e
JOSÉ MENEZES FILHO.

E o Cel Robson narra ao microfone: - A Banda de Clarins do 2º Regimento de Cavalaria de Guarda, Regimento Andrade Neves, executará o toque da Vitória, em memória dos militares imolados, setenta e seis anos atrás.

Clarim, toque VITÓRIA!
 

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Atualizado em 31/12/1969



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" A farda não abafa o cidadão no peito do soldado"
                                                     O legendário Osorio.
Prezados amigos e amigas. Boa noite.
Hoje, em tempos idos, relembrávamos em todo o Exército a Intentona Comunista de   1935. Por um lado, infelizmente, esse covarde assassinato praticado por militares comunistas em seus irmãos de Arma que estavam dormindo pouco é lembrado nos dias atuais. Entretanto, reconheço com certa alegria a presença do nosso comandante (pela 1ª vez) no ato realizado no último dia 25 em homenagem àqueles que foram mortos covardemente.
Esse comparecimento é merecedor dos nossos mais sinceros cumprimentos ao distinto Chefe do Exército, bem como a maior divulgação  possível, já que a mídia é omissa, parcial e interesseira.
  
                                                  Abraços, Medeiros.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Abaixo Reinaldo Azevedo! Viva a Copa do Mundo antipobre do PT!

Abaixo Reinaldo Azevedo! Viva a Copa do Mundo antipobre do PT!

Então…
Esse Reinaldo Azevedo é esquisito mesmo! Dizem os extremistas de esquerda, os petistas e os que se auto-intitulam “progressistas” e “modernos” que sou “reacionário”, “conservador”, que não gosto de povo. É… Como ficará claro abaixo, eles o adoram! Veneram mesmo!
Eu, como sou um homem mau, fico procurando chifre em cabeça de cavalo só pra falar mal dessa vanguarda iluminada que está no poder, não importa o assunto. Abaixo, vou tratar da Lei Geral da Copa. VOCÊS VERÃO COMO EU, O REACIONÁRIO, VOU DESTRINCHAR A PROPOSTA DE UM PROGRESSISTA, DO PT. Vocês me dirão depois quem é mais “antipovo”: eu ou eles. Vamos ver.
Leiam com atenção o que informa a Folha Online:
O relator do projeto da Lei Geral da Copa-2014, deputado Vicente Cândido (PT-SP), confirmou nesta terça-feira que definirá uma cota para os 300 mil ingressos populares para o evento. O Mundial deve ter aproximadamente 3 milhões de bilhetes à venda.
Pelos cálculos da Fifa, deverão ser reservados ingressos a US$ 25 (pouco menos de R$ 50) para brasileiros que queiram assistir aos jogos da primeira fase da Copa-2014. Segundo Vicente Cândido, 50% desses ingressos deverão ir para idosos e estudantes e o resto dividido entre pessoas de baixa renda - pelo critério do Bolsa Família - índios e deficientes.
“Essa é uma primeira proposição, temos que ver ainda o número de jogos para definir a distribuição e a demanda. Devemos colocar também ingressos para um convênio do governo brasileiro com a Fifa para o desarmamento”, disse.
Voltei
E então?
Como um “reacionário” deste porte analisa a proposta de um “progressista” à moda Cândido, um homem do povo?
Há aí um estupendo coquetel de ilegalidades, que termina, como não poderia deixar de ser, com o apelo à vigarice politicamente correta. De saída, note-se que a lei da meia entrada, válida para estudantes e idosos em razão de dois estatutos, está sendo claramente violada. O “ingresso popular” substituirá o conceito da “meia entrada”? Em caso afirmativo, que lei geral estabelece o princípio da cota de 10%? Nenhuma!
EU SOU A FAVOR DA MEIA ENTRADA??? NÃÃÃOOO!!!
Eu não sou! Considero-a o fim da picada! Mas há outras leis que também não aprovo. Nem por isso saio por aí desrespeitando-as. A questão óbvia é a seguinte: o benefício para um “estudante” atende a uma categoria, a uma corporação, não necessariamente a pessoas necessitadas. O mesmo vale para brasileiros com mais de 60 anos. Por que se parte do pressuposto de que não podem pagar o ingresso inteiro?
Daqui a cinco anos, o Eike Batista e o lixeiro que recolhe os dejetos de seu solar (se também estiver com 60) poderão ter direito ao benefício… Eike poderá até andar de graça em ônibus…
A lei não é boa? E daí? É a lei! Este “reacionário”, este “direitista” (como dizem os comuno-fascistas da USP), este “conservador” defende que as leis sejam cumpridas e acredita que a FIFA não tem poderes para mudar a legislação brasileira.
Como é que o deputado petista está propondo resolver o esbulho legal? A FIFA propõe, para os mais pobres,  10% de ingressos a preços populares. O tal Cândido pretende fazer de conta que não está violando as leis da meia entrada. De que modo? Reservando 50% dos ingressos mais baratos para estudantes e idosos, sejam pobres ou ricos.
Qualquer pessoa que tenha os dois pés no chão, mas não as duas mãos, entendeu o óbvio: parte dos ingressos dos pobres, que realmente não poderiam comprar os acessos mais caros,  vai parar nas mãos de estudantes e idosos em condições de arcar com o custo de sua diversão.
ESSE É O SOCIALISMO DO PT: TIRAR DOS POBRES PARA DAR PARA OS RICOS.
Eu sou contra essa prática. Mas, vocês sabem, sou apenas um “reacionário”, um “direitista”, um “conservador”.
E os outros 50%?E os outros 50% dos ingressos? Ah, o “socialista” propõe o corte de renda, segundo os critérios do Bolsa Família, sem esquecer os deficientes e os índios… Talvez a notícia esteja incompleta e outras “minorias organizadas” também sejam contempladas. Critério do Bolsa Família, é? No site da Caixa Econômica Federal, explica-se quem tem direito ao benefício básico, ao variável e ao variável para jovem, a saber:
“O benefício básico é concedido às famílias em situação de extrema pobreza. O valor deste benefício é de R$ 70,00 mensais, independentemente da composição e do número de membros do grupo familiar. Já o variável é concedido no valor mínimo de R$ 32,00 e beneficia famílias pobres e extremamente pobres que tenham, sob sua responsabilidade, crianças e adolescentes na faixa de 0 a 15 anos, até o teto de 3 benefícios por família, ou seja, R$ 96,00. O benefício variável para jovem é concedido às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, que possuam, em sua composição familiar, adolescentes de 16 e 17 anos matriculados na escola. Cada benefício concedido tem o valor de R$ 38,00, podendo ser acumulados até dois benefícios por família, no total de R$ 76,00.”
Então acompanhem os caminhos por onde este “reacionário” desmonta a vigarice antipovo e antipobre desses progressistas. Vejam a que parcela do benefício corresponde um ingresso de R$ 50. Há mais de 11 milhões de famílias no programa. Sobraram 150 mil ingressos para os pobrezinhos (que terão de dividi-los com índios, deficientes, sei lá quem…).
No que concerne à Copa do Mundo, pois,  ser muuuito pobre pode ser um diferencial, um ativo, entendem? Há uma chance — remota, é verdade — de que o miserável do Bolsa Família consiga uma entrada, mas há…
Ferrado mesmo, coitado!, é aquele muito pobre, mas não miserável. Digamos que a família tenha uma renda per capita de R$ 200 por mês, R$ 300. Está fora do Bolsa Família. É estudante? Não é! É idoso? Não é! É deficiente? Não é! É índio? Não é! Pertence a alguma das “minorias” tornadas influentes na luta política? Não! Digamos que seja só, como costumo brincar (e lá vão os vagabundos não entender uma ironia, como de hábito), um “pobre, branco, heterossexual e sem-ONG”…
Ele que vá plantar batatas! O PT tem tempo para cuidar dos interesses dos muito ricos. E como cuida!!! O PT tem tempo para dar alguns benefícios aos miseráveis. O PT até tem algum tempo para se dedicar às “minorias” tornadas influentes. O PT só não tem tempo mesmo é de cuidar de pobre sem pedigree.
Como vocês sabem, eu escrevo isso porque sou um “reacionário”…
Progressista, no Brasil, é aplaudir o esbulho legal praticado por uma entidade internacional privada, com o auxílio dos nossos “socialistas”, que vão roubar os ingressos dos pobres para dar aos ricos!
Se o Ministério Público tiver vergonha na cara, esse troço não prospera!
Abaixo Reinaldo Azevedo!
Viva a Copa do Mundo antipobre do PT!

O crime compensa


Artigo de autoria do escritor João Ubaldo Ribeiro, publicado na edição de 23 de outubro de 2011 do jornal “O Estado de São Paulo”.

Distinto leitor, encantadora leitora, ponham-se na pele de quem tem de escrever toda semana. Não me refiro à obrigação de produzir um texto periodicamente, sem falhar. Às vezes, como tudo na vida, é um pouquinho chato, mas quem tem experiência tira isso de letra, há truques e macetes aprendidos informalmente ao longo dos anos e o macaco velho não se aperta. O chato mesmo, na minha opinião, é o “gancho”, o pé que o texto tem de manter na realidade que o circunda. Claro, nada impede que se escreva algo inteiramente fantasioso ou delirante, mas o habitual é que o artigo ou crônica seja suscitado pelo cotidiano, alguma coisa que esteja acontecendo ou despertando interesse.

Pois é. Hoje, outra vez, qual é o gancho? Quer se leia o jornal, quer se converse na esquina, só se fala em ladroagem. Roubalheiras generalizadas, desvios, comissões, propinas. Rouba-se tudo, em toda parte. Roubam-se recursos do governo na União, nos estados e nos municípios. Roubam-se donativos humanitários e verbas emergenciais destinadas a socorrer flagelados. Rouba-se material, rouba-se combustível, rouba-se o que é possível roubar. Qual é, então, o gancho? Só pode ser a ladroagem. Não há outro, pelo menos que eu veja. É o tema do dia, não adianta querer escolher outro, ele se impõe.
Hoje creio que não há um só brasileiro ou brasileira (de vez em quando eu acerto no uso desta nova regra de distinguir os gêneros) que não tenha a convicção de que pelo menos a maior parte dos governantes, nos três poderes, é constituída de privilegiados abusivos e larápios, no sentido mais lato que o termo possa ter. Já nos acostumamos, faz parte do nosso dia a dia, ninguém se espanta mais com nada, qualquer mirabolância delinquente pode ser verdade. E também já nos acostumamos a que não aconteça nada aos gatunos. Não só permanecem soltos, como devem continuar ricos com o dinheiro furtado, porque não há muita notícia de devoluções.

Ou seja, por mais que alguma autoridade nos diga expressamente o contrário, usando um jurisdiquês duvidoso e estatísticas entortadas, a verdade é que, no Brasil, o crime compensa. Presumo que até os assaltantes pés de chinelo tenham pelo menos a vaga percepção de que todos os poderosos roubam e, portanto, fica mais uma vez comprovado que quem não rouba é otário. Às vezes, chega a parecer que existe uma central programadora de falcatruas, pois a engenhosidade dos ladrões não tem limites e, hoje, analisar somente os golpes dados em um ou dois ministérios requereria um profissional especializado, com anos de estudo e experiência. É criado um órgão ou despesa, aparece logo uma quadrilha dedicada a furtar desse órgão ou abiscoitar essa despesa. Suspeitamos de tudo, de obras públicas a loterias, da polícia aos tribunais. Contamos nos dedos os governantes, em qualquer dos três poderes, em que ainda acreditamos e podemos confiar – e é crescente a descrença neles, bem como o cinismo e a apatia diante de uma situação que parece insolúvel e da qual, como quem cumpre uma sina má, jamais nos desvencilharemos.

Não seria de todo descabida a afirmação de que somos uma sociedade sem lei. Sob certos aspectos, somos mesmo, porque nossas leis não têm dentes, não mordem ninguém. Mesmo na hipótese de um assassinato ser esclarecido, o que está longe da regra, estamos fartos de ver homicidas ficarem praticamente impunes por força de uma labiríntica e deploravelmente formalista rede de recursos, firulas jurídicas e penas brevíssimas.  A possibilidade de, mesmo confesso, um homicida jamais ser de fato punido, a não ser muito levemente, é concretizada todo dia. Aqui matar é cada vez mais trivial e muitos assaltantes atiram pelo prazer de atirar, matam pelo gosto de matar.

Não sei em que outro país do mundo o sujeito entra numa delegacia policial levando o cadáver da vítima, mostrando a arma do crime e confessando sua autoria, para ser posto em liberdade logo em seguida, já cercado de advogados e manobras para evitar a cadeia. É difícil de acreditar, mesmo sabendo-se que é verdade documentada. Réu primário, moradia conhecida, ocupação fixa, etc e tal e o sujeito vai para casa quase como se nada tivesse acontecido, talvez até trocando um aperto de mão com o delegado, como já imaginei aqui. Ou seja, é crime, mas é mole matar no Brasil, o preço é muito em conta. E essa situação não envolve apenas os ricos, porque os outros também estão aprendendo, como foi o caso de um jovem assaltante de São Paulo, que muitos de vocês devem ter visto na TV. Apresentou-se numa delegacia espontaneamente, é réu primário, tem residência fixa, etc, etc. Embora tenha posto a culpa na vítima, por esta ter reagido, confessou o crime. Foi solto logo em seguida, saindo muito sorridente da delegacia. E, se um dia vier a ser condenado, contará com um mar de recursos à sua disposição, complementados pelos benefícios a que terá direito, com a progressão da pena.

Já tive oportunidade de dizer aqui que a melhor maneira de assassinar alguém no Brasil é encher a cara, sair no carro e atropelar a vítima. Encher a cara é agravante em toda a parte, mas aqui parece funcionar como uma espécie de atenuante. Fica-se discutindo se o homicídio é doloso ou culposo, se o que vale é o Código de Trânsito ou o Código Penal e, no fim das contas, o que acontece é o atropelador pagar a fiança, ir embora para casa e esperar, na pior das hipóteses, ser enquadrado numa dessas leis desdentadas e cumprir pena em liberdade, ou quase isso. O que, somado ao que está dito acima, leva mesmo a concluir que, entre nós, o crime compensa. E, talvez graças aos exemplos dados por parlamentares e outros governantes, estamos assistindo à democratização da impunidade, que gradualmente deixa de ser um privilégio dos ricos e poderosos para se estender a todos. Tá dominado.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Nova política para os soldos

Nova política para os soldos

Ministério da Defesa prepara decreto que prevê critérios para reajuste dos militares

POR MARCO AURÉLIO REIS
Rio - O Ministério da Defesa prepara, em conjunto com os comandos das Forças Armadas, uma nova política de remuneração para os militares. Documento interno obtido por O DIA aponta que as remunerações pagas a oficiais e praças deverão oferecer condições de assegurar a atração e a retenção de profissionais qualificados, funcionando como “fator para a permanência no serviço ativo.”
O documento orienta que a remuneração deve inserir e manter o militar em nível socioeconômico correspondente ao dos demais servidores da alta administração pública. E defende a equiparação salarial “não só pela valorização do militar, mas pela necessidade do trabalho conjunto com esses profissionais”.

De fato, atualmente, o salário de um delegado em início de carreira na Polícia Federal é de R$ 13,4 mil. O valor representa mais do que o dobro do vencimento bruto de um segundo-tenente, que recebe, com adicionais, em média, R$ 6,5 mil de remuneração, sendo R$ 4,5 mil de soldo.
A minuta de decreto prevê também que o reajuste dos soldos das Forças Armadas seja revisto a cada três anos. Encarrega o Ministério do Planejamento de estabelecer, com a Defesa, mecanismos para assegurar a revisão trienal dos valores dos soldos. 

Esse aspecto da nova política de remuneração leva para o papel revelação feita pelo ministro Celso Amorim em audiência na Câmara de Deputados, no início do mês. Em seu depoimento, Amorim disse que o reajuste dos soldos deixara de ser uma preocupação exclusiva do Ministério da Defesa, passando a ser uma questão do governo como um todo.
Em vigor até o fim do ano
Fontes militares destacam que a intenção é que o decreto seja publicado ainda neste ano ante insatisfação interna nas tropas, traduzindo-se por pedidos antecipados de baixa e duros comentários de militares nas redes sociais. “Estou estudando muito para passar no concurso de auditor fiscal da Receita e aconselho os meus colegas militares a fazerem o mesmo”, escreveu no blog Força Militar de O DIA um leitor descrente de que o reajuste se efetivará. 

Fontes civis revelaram, porém, que o decreto com a nova política de remuneração está, neste momento, em análise pelos comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica. E que, só após essa fase, seguirá para apreciação da Presidência. Procurado, o Ministério da Defesa não quis comentar o documento.

“Junta Militar” que deu golpe no DCE da USP...

“Junta Militar” que deu golpe no DCE da USP marca eleição para fim de março; o propósito é enganar os calouros e se eleger com seus votos. Alô, calouros! Não se deixem seqüestrar!

A “Junta Militar de Extrema Esquerda” que governa o DCE decidiu realizar eleições no dias 27, 28 e 29 de março de 2012. A data expõe os caminhos imaginados pelos ditadores para tentar dar uma aparência de legitimidade ao golpe. Como todos sabem, se as eleições tivessem sido realizadas na data prevista, a chapa “Reação”, que reúne não-esquerdistas, que junta os “estudantes que estudam”, teria vencido com folga. Eles sabiam disso e deram, então, o golpe. Como informei aqui, chegaram a trocar e-mails anunciando que tudo fariam para impedir eleições livres — ou, na expressão de um dirigente da UNE e membro do Fórum de Esquerda, da Faculdade de Direito, decidiram: “A esquerda não perde nem a pau”…
Muito bem! Os “grevistas” não confessaram os reais motivos do golpe; pretextaram que seria difícil organizar eleições estando a universidade em greve — greve praticamente inexistente, como todos sabem. Ora, eles dizem que só voltam às aulas se a PM deixar o campus. Como não vai deixar, então a greve certamente se estenderá até o ano que vem. Mais: os petistas se juntaram à extrema esquerda para tentar parar a USP em 2012.
Por uma questão de lógica elementar, pergunto: por que adiar as eleições de novembro para março se, segundo os critérios dos próprios valentes, as condições seguirão as mesmas? Eis o busílis. Em março, chegam à USP 10.852 alunos aprovados no vestibular de 2011, a esmagadora maioria iniciando o seu primeiro curso.
Esses calouros não conhecem de perto o desastre provocado pela militância política dos partidos de esquerda na universidade. Ainda não sabem o que é ter a faculdade funcionando, mas não o sistema de transportes, o restaurante, a estrutura de serviços… Ainda não sabem que os “donos” do Sintusp, o sindicatos dos funcionários, pode transformar a vida deles num inferno. Mais: ainda não foram reprovados nesta ou naquela disciplinas porque o PCO, o PSTU, o PSOL, a LER-QI ou o Movimento Negação da Negação tiveram um chilique qualquer e resolveram parar a universidade para dar início à…, bem…, à revolução socialista!
Os ditadores da USP sabem que o aluno veterano já os conhece e tem consciência da quantidade de malefícios e desastres de que são capazes. Os novos, em tese ao menos, ignoram as suas falcatruas morais, políticas e existenciais. A canalha aposta, em suma, que o desconhecimento pode reconduzi-los ao poder.
Assim, meus caros, os defensores da democracia na USP, a maioria silenciosa, devem iniciar agora, por intermédio das redes sociais, um trabalho de esclarecimento. Os calouros da USP precisam saber o que significa votar numa chapa de esquerda: o contínuo rebaixamento da universidade, o grevismo, a subserviência da instituição a partidos políticos, a “luta pelo socialismo”… Essa gente considera que uma USP de mais qualidade, que forme profissionais melhores e mais capacitados, é reacionária.
PS  - Chamo os interventores do DCE de “Junta Militar” em homenagem à história do Brasil, não é? Algo semelhante só se viu no Brasil da ditadura. Uma junta governou o país entre 31 de agosto e 30 de outubro de 1969. Sua primeira medida, olhem que número interessante, foi o Ato Institucional nº 13, o AI-13, que punia com o banimento os brasileiros acusados de ameaçar a segurança nacional. O DCE, comandado pelo PSOL, e os demais grupelhos da “sinistra” também querem banir da USP os que discordam de sua política.

ECOS DE 1935

ECOS DE 1935
(por Maynard Marques de Santa Rosa)

“Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém” (Paulo, I Cor., X, 23).

Sendo o homem intrinsecamente livre para pensar e agir, o alerta do Apóstolo insere-se, perfeitamente, no contexto das idéias.

Ao admitir a violência revolucionária como postulado de sua filosofia, Marx condenou à execração ética todo o acervo de uma brilhante concepção.  

O argumento dos fins humanitários não justifica a tirania dos meios, por afrontar a lei universal da harmonia que deve reger as relações humanas.

Ninguém tem o direito de impor aos semelhantes as soluções de sua preferência, sobretudo quando ameaçam a liberdade individual e o patrimônio privado.

Ao longo da História, o Brasil tem sido vítima contumaz dos próprios filhos rebeldes, de mentes colonizadas por idéias estrangeiras, a serviço de uma metrópole geopolítica.

Patrocinados pelo expansionismo estalinista, os insurgentes de 1935 apunhalaram a alma nacional, nas vítimas adormecidas do 3º Regimento de Infantaria e da Escola de Aviação Militar.

Sufocada a intentona, sobreviveu a motivação subterrânea, voltando a emergir no início da década de 1960, sob os termos revisionistas do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética.

Ao dividir-se o movimento, as facções fundamentalistas retomaram o uso da força no final da década, sob novo patrocinador estrangeiro, sendo contidos pela repressão governamental.

Quem adota a violência não pode eximir-se da reciprocidade. A sociedade nacional, de índole pacífica e ordeira, ainda não descobriu a vacina patriótica para o vírus da traição.

Acolhidos novamente pelo espírito conciliador da Nação, grupos ideológicos chegaram ao poder, aproveitando-se da via democrática que tanto buscaram destruir.  

A ética revolucionária, porém, não se satisfaz com a pacificação política. Desconhecendo o sentimento de perdão consagrado nas iniciativas de anistia desde 1822, acaba de ser instituído um mecanismo potencialmente revanchista, cinicamente destinado à busca da verdade.

Atualmente, os auspícios ideológicos de Gramsci justificam até mesmo a corrupção que grassa no cenário político, absolvendo a consciência laxa dos militantes no poder.  

Enquanto houver imprensa livre, no entanto, a verdade dos fatos voltará a aparecer, dissipando os miasmas de tirania.

A quem, licitamente, se deixa dominar por uma idéia, convém a reflexão de Goethe: “Ninguém é mais escravo do que aquele que se julga livre sem o ser”.